Paranóia, conjunto de sentimentos.

Paranóia, conjunto de sentimentos.
Perto do Sol

terça-feira, 31 de maio de 2011

Hope.

"Acordei. Significa que não estou morto (uáu, boa teoria). Mas ao fim e ao cabo, talvez a morte não seja só a física. Eu ter acordado implícita que estou vivo fisicamente, mas os meus pensamentos estão mais próximos da morte do que o meu sorriso deixa transparecer. Levanto-me, faço o que tenho a fazer, e tomo uns antidepressivos quaisqueres. O efeito não tarda, estou mais lúcido. Mas isso não é necessariamente "agradável". Afinal, o eu estar a definhar psicologicamente não será um mecanismo de defesa? Que se foda. Estrago mais um dia da minha inútil vida, a ver tv, beber, e a pensar (em quê? Nela... Em "Nós", apesar de já nem o "Eu e Tu" existir, quanto mais o "Nós", o conjunto). Saiu à noite, sem destino nem propósito. Uma festa. Fixe, mais efeitos nefastos para a minha carcaça. Está animada. A história continua. Uma bebida, duas, enfim. Começo a pensar nela, outra vez. Ela sim, era o verdadeiro sentido da minha vida. Com ela era feliz. Não, não me enganei, ela era mesmo a mulher da minha vida. E perdi-a. Já nada me cativa, acho melhor ir dar uma volta, antes que enlouqueça no meio deste mar de pensamentos, nesta tempestade depressiva e sentimental. Vou pedir uma bebida. Encontro alguns amigos, e avisto-a ao longe.. Isso só acelera a minha auto-destrucição. Não penso em mais nada, e a partir dai, a noite é apenas uma mancha difusa. Acordo no meio de todos, deitado no chão. Alguns olham-me, mas ninguém faz nada, durante um tempo. Ela chega-se a mim, limpa-me a cara e abraça-me. Só consigo dizer: -" Desculpa, não sabia o que fazer sem ti." -"Não te preocupes, eu estou aqui." - Responde ela com aquele sorriso que me enche de esperança." (Da curta, "Madness")

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Escuro.

"Sim, estou-te a escrever uma carta, há antiga. Ao principio eu nem gostava muito de ti, eras só uma tagarela irritante, e nem mostravas muito interesse em mim, o que era insultante. Mas mudou, eu não sei dizer exactamente o momento, mas apenas sei que mudou. Num minuto era impenetrável. No outro, a forma do meu coração batia fora do meu peito. Amar-te tem sido a experiência mais forte, intensa. De facto, tem sido quase impossível de suportar. Como quem te ama, fiz a promessa de te proteger do mundo, não percebendo que ia ser eu a magoar-te. Já não te imagino a falar de mim com orgulho, afinal, sou uma criança no corpo de um homem, e está a ficar escuro."

A carta que nunca te escrevi.

"Querida *,
Se estás a ler isto significa que finalmente tive coragem de enviar. Bom para mim.
Tu não me conheces muito bem, mas quando conheceres vais ver que tenho tendência a falar sobre como escrever é difícil para mim.
Mas isto, nada se iguala á dificuldade que tive em escrever isto.
Não existe um jeito de falar, então cá vai: Conheci alguém.
Foi acidental, não estava à procura.
Foi uma perfeita tempestade de sentimentos.
Ela disse uma coisa. Eu disse outra.
Em seguida eu soube que queria passar o resto da minha vida naquela conversa.

Agora tenho esta sensação no peito. Pode ser ela.

Ela é totalmente louca, de um jeito que me faz sorrir, altamente neurótica.

Bastante manutenção necessária.

És tu, *.

Essa é a boa notícia.

A má, péssima, é que não sei como ficar contigo agora.
E isso assusta-me para caralho.

Porque se eu não ficar contigo, tenho a sensação que vamos nos perder por aí.

É um mundo grande, mau, cheio de reviravoltas.
E as pessoas tem um jeito de piscar e perder o momento.

O momento que podia ter mudado tudo.

Eu não sei o que está a acontecer connosco, e não sei te dizer porque devias arriscar um salto no escuro p'ra gostar de mim mas, porra, tu cheiras bem, como um lar.

E fazes óptimos jantares, isso deve contar para algo, certo?
 
Liga-me, ou não.
(In)felizmente teu, para sempre."

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Estupidez numa aula de Filosofia.

Eu acho que não há uma definição exacta de sentido da vida. Todos chegam a um ponto em que se questionam sobre qual será o sentido da sua vida, e as conclusões a que chegam são, geralmente, individuais, variam consoante a pessoa. Cada um vê o sentido da vida, se é que este existe, da sua própria perspectiva, e esta "visão" é influenciada por várias coisas, como o estado de espírito. Tende a ser algo que impele, que motiva, que tenta justificar o porquê. A meu ver, prende-se mais a cada pessoa ter algo tão valioso, que nada pode comprar, como é a vida, em que pode fazer as suas escolhas, e viver como bem entender. Muitas pessoas refugiam-se na religião e afins para encontrarem esse sentido. Porque, sem Deus, estaram sós e sem desculpas. Quer Deus exista ou não, dele são servos, pois usam-no como algo que dá sentido a esta "viagem" e permite que sejamos mais que meras criaturas animadas. Para nós, adolescentes, a vida é um Sistema Solar de incertezas, um mar de coisas que provavelmente nunca chegaremos a entender. Mas, nos fundo, o interesse no sentido da vida resulta de cada um precisar de algo que o faça andar em frente, e o impeça de desistir. Para mim, cada um deve encontrar o seu próprio "sentido da vida", dentro de si, sem  influências alheias e qualquer tipo de "adultério mental e psicológico".